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27 de novembro de 2009

GOVERNADOR DIZ QUE JÁ SABIA DE 'PROBLEMAS' NA AGERBA

Em sua primeira entrevista após o escândalo do “Expresso da Propina’”, o governador Jaques Wagner afirmou na quinta-feira (26) que, muito antes das investigações da polícia, já tinha informações sobre “problemas” envolvendo o sistema de transporte intermunicipal. As declarações foram feitas ao vivo, no programa Balanço geral, da TV Itapoan. Enquanto garantia que a Operação Expresso não teve como alvo atingir o PMDB, partido que era da base aliada do governo, Wagner declarou: “Chamei todo mundo que tá envolvido nesse caso e disse: ‘Olhe, está chegando no meu ouvido que está tendo problema aí. Pelo amor de Deus, eu já disse que não quero isso no governo’”. Ainda durante a entrevista, o governador dá novamente a entender que tinha conhecimento de denúncias de corrupção: “Não tem negócio de bola aqui dentro. Avisei antes. Depois disso, o tempo passou, alguém foi lá e fez uma denúncia e eu não ia dizer ‘não investigue’. Mandei investigar”. A entrevista virou o argumento que o PMDB queria para defender a tese de motivação política no caso. Contudo, é fato que a polícia tem indícios fortes de corrupção envolvendo a Agência Estadual de Regulação de Serviços de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba). Até agosto, o órgão era controlado pelo partido. Investigações e escutas telefônicas apontam a participação de políticos ligados ao ministro Geddel Vieira Lima. Entre eles, o ex-diretor executivo da Agerba, Antonio Lomanto Netto, um dos sete presos na Operação Expresso. O secretário de Transportes e Infraestrutura de Salvador, Almir Mello Júnior, e o presidente do PMDB baiano, Lúcio Vieira Lima, irmão de Geddel, também são citados no mandado judicial da operação, mas negam participação no esquema. Segundo a Justiça, eles foram os prováveis destinatários da propina cobrada pela direção da Agerba, em troca de favorecimentos a empresas de transportes. Na quinta-feira (26), Lúcio disse que já colocou à disposição da Justiça seus sigilos bancário e telefônico. O CORREIO procurou a assessoria do governador para comentar o teor da entrevista, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição. (Jairo Costa Júnior - Correio)

2 comentários:

  1. Está claro aí tem o dedo do PMDB.

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  2. O governo é grande e existem pessoas de toda espécie. vagner está certo em mandar investigar mas acho que isto e coisa de Geddel e sua turma.

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