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Câmara Itabuna

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28 de janeiro de 2011

O CRACK COMO A BOLA DA VEZ

O construtor proprietário de uma empresa de pequeno porte resolve instalar o seu escritório nas imediações da estação rodoviária de Itabuna. Naquele mesmo espaço perambulam jovens dependentes químicos de crack – craqueiros, buscando qualquer fonte de recurso para a compra da droga e visualizando produtos de venda fácil. Para que o crime aconteça duas circunstâncias tornam-se fundamentais – desejo e oportunidade, o desejo está com o criminoso, a oportunidade é ofertada pela vítima. Para o craqueiro o desejo vira compulsão, que o leva a enxergar oportunidade em tudo que seus olhos alcançam. Grades de proteção devem ser colocadas nas portas e janelas, muros altos devem ser levantados e mais outras soluções de segurança, para dificultar as ações de arrombadores e pequenos ladrões. Noite de um final de semana, pouca movimentação nas ruas, o escritório do construtor é arrombado, local onde são guardados alguns materiais usados nas obras; o arrombador removera poucas telhas e saíra de lá com algumas latas de tinta. O construtor vai à polícia e cobra providência, que mais das vezes não passa da confecção de um boletim de ocorrência. Três dias depois volta o construtor relatando que mais uma vez o arrombador visitara seu escritório e levara o restante das tintas. O arrombador fora identificado e detido, confessando que transformara as latas de tinta em 50 pedras de crack, fumadas em apenas 3 dias. O construtor esteve na polícia, conheceu o craqueiro e conversaram durante poucos minutos, tempo suficiente para oferecer-lhe oportunidade de tratamento para sua dependência química, custeado por ele. A família do craqueiro, residente a poucos metros da delegacia, logo tomou conhecimento da boa nova e providenciou o internamento. O construtor não tinha experiência nessa nova obra de reconstrução de vida e terceirizou com clínica de recuperação de dependentes químicos. Como na clínica só fica quem quer, o craqueiro voltou às ruas em poucas semanas para reiniciar o ciclo – compulsão, oportunidade, crime, cadeia (quando possível), rua, compulsão... O empresário fechou o escritório e demitiu todos os seus colaboradores, o craqueiro amplia o número de vítimas e inimizades, abrindo caminho para a cadeia ou para o cemitério, o que tem acontecido com frequencia.

4 comentários:

  1. Fernando Higino29 janeiro, 2011

    Tem quem comete o erro de achar que o crack é problema só de Itabuna e da Bahia.
    Ele não é problema só daqui, não. É do Brasil inteiro. Fernando Higino

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  2. O CRACK EM ITABUNA É RUY PORQUINHO, MARIA ALICE, FERNANDO GOMES, CAPITÃO AZEVEDO E AS PESSOAS QUE SUSTENTAM ESSES CANALHAS... COMO É O SEU CASO VAL CABRAL!!!
    PAULO SEBOSO

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  3. Prezado amigo Val Cabral

    Quando se vive em um país onde o assistêncialismo é a regra que expectativa de futuro tem as pessoas? Se o cara não vê um futuro que interesse terá ele de se preservar? Estas pessoas estão se matando devagar por que não vêem razão para viver.

    Paulo do Pontalzinho
    paupont@bol.com.br

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  4. O crack virou epidemia nas capitais brasileiras e agora chega no interior do país.
    O crack é fabricado no Brasil, tem origem na cocaína(restos).
    Nas capitais, bairros inteiros estão virando cracolandia. E quem perde com isso ?
    Todos.
    Ricos, pobres, policia, a família, e o próprio viciado que está doente e precisa se tratar.
    Não adianta fingir que não existe. Dizer como muitos, que viciado tem que morrer e que não é problema dele.
    O problema é de todos.
    Quando o crack chega em sua casa, destrói a tudo e a todos.
    Em Itabuna falamos muito, e poucos fazemos.
    Falamos em Amazonia, meio ambiente, natureza, aquecimento global... Educação, tudo de boca cheia...
    Mas qual a realidade?
    Carros poluindo pra todo lado, até pq, onibus, só anda, quem não tem outra opção. Pergunta pra burguês, se ele anda de onibus.
    Claro que não, até defendo, deixar o carro, pra ser assaltado, humilhado e encoxado nos ônibus.
    Alguns acham que fico contente com isso, só pq não votei no Azevedo, mas veja bem, eu moro aqui em Itabuna, independente de governo e partidos políticos, sou a favor do desenvolvimento da cidade.
    O crack, a saúde, o desemprego, a violencia, são os problemas mais sérios do município. Sem falar na corrupção, que leva materiais de construção para mansões em Ilhéus.
    Mas, quem tem grana, paga planos de saúde, não tá ligando pra nada disso, só liga quando o viciado abandonado, tenta pegá-lo.
    São muitos vicíados em crack, sabem quantas vagas tem para tratamento?
    40 vagas, ou seja não tem... mas na Bahia é assim mesmo, na propaganda é tudo lindo e maravilhoso, mas na realidade -
    RSD - professor

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