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28 de fevereiro de 2012

PM MATADOR DE JOVEM É EXPULSO DE BAIRRO POR POPULAÇÃO REVOLTADA

A geladeira, televisão e máquina de lavar foram carregadas por policiais das Rondas Especiais (Rondesp) e o caminhão que transportava os móveis recebeu escolta de seis viaturas. Assim foi a mudança realizada no final da tarde de ontem pelo soldado da Polícia Militar Luís Silva Xavier, que morava na localidade do Brongo, no IAPI, depois que vizinhos fizeram um protesto, acusando o PM de ter cometido um homicídio na região. Conhecido como Topó, o soldado, que é lotado no Batalhão de Guardas, é acusado de ter assassinado o morador Carlos Santos Bispo, 32 anos, na noite de domingo (26), na Rua Elmano Silveira Castro. Diante das acusações, a Polícia Militar informou que vai instaurar Procedimento Disciplinar para apurar as circunstâncias que envolveram o soldado no homicídio. Três horas antes da mudança, cerca de 100 pessoas, entre moradores e parentes da vítima, queimaram pneus e bloquearam o trânsito nos dois sentidos da Avenida Barros Reis em protesto, provocando um congestionamento na região. “Policial covarde matou pelas costas um inocente”, dizia um dos cartazes levados pelos manifestantes. TESTEMUNHA - “O rapaz estava vindo da igreja e o PM disparou. Foi um único disparo e pelas costas. O rapaz morreu com a Bíblia na mão. Quando o corpo caiu no chão, o PM ainda ligou para a polícia, pedindo reforço e dizendo que tinha sido acuado”, contou um morador que, temendo represália, não quis se identificar. Ainda segundo o morador, o PM implicava com amigos da vítima que também estavam no local do crime. “O policial achava que eram traficantes. Quando ele disparou, os caras ainda saíram correndo, mas o rapaz (a vítima) ainda ficou andando”, acrescentou. Moradores contaram que o soldado foi levado pela polícia em uma viatura e que não é a primeira vez que demonstrou ser agressivo. “Direto isso acontece, ele chega embriagado, atira nos cachorros da rua, bate nas pessoas. Ele chegou a espancar um rapaz só porque estava fumando na frente da casa dele”, contou uma moradora que também não quis ser identificada. “O policial já chegou na rua atirando, procurando briga com todo mundo, como de costume, e chamando os vizinhos de vagabundo”, acrescentou uma testemunha. “Depois de atirar, ele ainda se abaixou perto do corpo e disse: ‘Fiz uma besteira’. Queremos que o comandante da PM tome providências. Queremos policiais e não assassinos”, complementou. INVESTIGAÇÃO - O caso foi registrado no Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), na Pituba, pela delegada Juceli Rodrigues, e ainda está sendo investigado. De acordo com a ocorrência, o PM alegou que teria sido vítima de um assalto e que reagiu à abordagem disparando contra o morador. Ainda ontem, o soldado se apresentou na Corregedoria da PM e prestou declarações sobre o ocorrido. Segundo o diretor de Comunicação da instituição, coronel Gilson Santiago, Xavier manteve a versão. “Ele alegou ter sido vítima de um assalto e que por isso reagiu. É justamente o que nós vamos investigar para ver qual é a verdade”, explicou Santiago. O coronel explicou que, por conta do protesto e de informações sobre possíveis retaliações, a Rondesp acompanhou toda a mudança do PM. “O apoio é natural por uma questão preventiva. A primeira notícia que tínhamos era a possibilidade de retaliação. Fizemos isso para não permitir um agravamento da uma situação, que já se apresenta com gravidade”, finalizou.

2 comentários:

  1. JUSTIÇA SEJA FEITA... NA BAHIA OS BANDIDOS MANDAM E DESMANDAM NAS RUAS E NO GOVERNO!!!!
    KLEBER BARRETO

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  2. Está um verdadeiro salve-se quem puder!!!!!
    A Bahia está muito arriscada e a qualquer momento o crime acontece e nos assusta!!!
    Joselito Brito

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