Prefeitura Itabuna

Câmara Itabuna

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30 de julho de 2012

RESPONSABILIDADE COM A SEGURANÇA, QUE AO MESMO TEMPO É DE TODOS, NÃO É DE NINGUÉM

Os estudiosos já tratam a violência urbana como qualquer outra ameaçadora doença da sociedade moderna. Quando a violência, a exemplo de uma doença, extrapola os parâmetros definidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), passa a ser tratada como epidemia. Na conta da violência, os limites tolerados pela OMS são os seguintes: quando a taxa ultrapassa 10 homicídios por grupo de 100 mil habitantes, o caso é de epidemia. Em Itabuna este índice é multiplicado por 10. Vivemos então, uma pandemia. A cronologia da violência mostra que durante os dois mandatos do governo Jaques Wagner as taxas de homicídios nunca apontaram tendência de queda, como insiste em afirmar a “décima quinta suplente de senadora” e candidata a prefeita de Itabuna, Juçara Feitosa, esposa do deputado Geraldo Simões (PT), que é acusado de vender emendas parlamentares e muitos outros crimes. Uma informação alarmante para os itabunenses é que a violência não está restrita ao grupo etário de crianças e jovens. A violência em Itabuna, até por conta das suas características pandêmicas, afeta todos os segmentos da população. Itabuna ocupa a quarta posição na lista nacional dos municípios mais violentos. Mais duas cidades baianas ocupam esta lista macabra: Simões Filho e Lauro de Freitas. Essa situação perdura há mais de cinco anos. Sem falar na violência contra as mulheres. Ao contrário dos discursos do atual governo, as curvas de homicídios ainda não deram qualquer sinal de queda nos últimos anos, como ocorreu com outros estados na última década. Não há nada de “mágico” no extraordinário resultado alcançado pelos governos estaduais que conseguiram diminuir os índices de crimes em seus estados. O que houve foi trabalho. Estado como São Paulo diagnosticou as causas da violência e desenvolveu programas capazes de dar uma resposta efetiva para o problema. O Estado da Bahia ainda está longe de seguir a lição de São Paulo. Muito pelo contrário, uma campanha publicitária lançada há poucas semanas pelo governo do Estado faz a ligação direta entre drogas e violência. Uma maneira fácil de explicar para a sociedade os altos índices de homicídios. Ao simplificar que o narcotráfico é a principal causa da violência, o governo elege a droga como a inimiga imaginária de todos e passa a dividir a responsabilidade com todos os segmentos da sociedade civil. É aquele tipo de responsabilidade que ao mesmo tempo é de todos, mas não é de ninguém. Às vítimas das drogas – geralmente jovens pobres e negros das periferias -, resta ao governo lamentar a escolha infeliz que resultou em mais uma morte. Enquanto isso os jornais publicam que “mais um jovem foi assassinato, provavelmente por estar envolvido com o tráfico de drogas”. Já parte da sociedade prefere festejar do seu jeito: “um a menos”. Essa estratégia de transferir o problema da violência para as drogas, é um caminho perigoso. A população fica com a idéia de que é melhor que se mate mesmo, já que não se gasta dinheiro público com aqueles que já estão mortos. Considerável parte dos casos que redundam em violência entre crianças e jovens têm suas raízes no núcleo familiar e nas redes de relação de vizinhança. E pergunta aos governantes que insistem em fazer a ligação direta droga-violência: “Estariam então todos envolvidos com as drogas?”

2 comentários:

  1. LAMENTO QUE O GOVERNADOR JAQUES WAGNER NÃO PENSE ASSIM.
    NUNES

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  2. Wagner é culpado por tudo o que tem acontecido de violência em nossa cidade.
    Ele abandonou Itabuna à própria sorte!
    Faltam mais policiais nas ruas;
    Faltam mais viaturas nos bairros;
    Faltam mais Postos Policiais na cidade...
    Daniel Lopes

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