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24 de setembro de 2015

NÃO HÁ MAIS COMO ANDAR CAGANDO PRA JUSTIÇA

o jogo de deboche contra a Justiça está fazendo políticos perderem
Foi só a Operação Lava Jato chegar a políticos importantes para que se ampliasse o questionamento das ações da Polícia Federal e do Ministério Público e se acirrasse o conflito entre as ameaçadas lideranças do Legislativo e o governo. As reações mais fortes foram produzidas pelo presidente do Senado, segundo o qual a Polícia Federal foi arbitrária e cometeu um despautério ao agir sem comunicar previamente a Polícia Legislativa. O presidente da Câmara, por sua vez, ameaçou o governo com retaliações, por acreditar que o Ministério da Justiça deveria impedir que a Polícia Federal Federal o investigue. É sintomático que as críticas tenham partido de Renan Calheiros e Eduardo Cunha, ambos sob investigação na Operação Lava Jato. Não se concebe que autoridades sob suspeita considerem a hipótese de que um governo possa protegê-los de sindicâncias. Esta é uma atitude estapafúrdia e indigna.  São pontos de vista em total desacordo com o que acontece atualmente no país. Polícia, Ministério Público e Justiça apenas cumprem com suas atribuições. O fato de as sindicâncias chegarem aos políticos apenas comprova que os encarregados das investigações não limitarão suas iniciativas a empresários, executivos de empreiteiras e ex-dirigentes e servidores da Petrobras. Cumpre-se uma etapa importante da Lava-Jato, para que se esclareça o envolvimento dos políticos em um esquema cuja engrenagem ainda precisa ser entendida em sua totalidade. Os ataques às instituições, no entanto, não são recebidos com surpresa. Políticos têm reagido com revolta e algumas vezes com desdém às providências adotadas pela Lava-Jato, desde o momento em que seus nomes são vinculados a indícios de delitos. A operação que identifica corruptos e corruptores não pode, desde que obedeça os ritos legais, se submeter ao constrangimento de homens públicos acossados por suspeitas fundamentadas.

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