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28 de maio de 2016

ESTÁ DIFÍCIL VIVER SEM WHATSAPP

WHATSAPP SE TORNOU UM PÉSSIMO VÍCIO DOS JOVENS
Estou no restaurante Los Pampas. Na mesa próxima, um casal com cada um em seu celular. Durante a refeição não trocam uma palavra. Só teclam. Saem juntos, andando e teclando. Em outra ocasião, em Ilhéus, um amigo convidou um grupo para jantar. Um dos convidados sacou o celular. Ficou conversando com a família em Itabuna. E nem se interessou em conhecer o grupo de pessoas na mesa! Tornou-se impossível falar com alguém sem que a pessoa atenda a algumas ligações, e fale pelo Whats­App durante boa parte do papo, dividida entre nossa conversa e alguém que não sei. Ri, enquanto falo de um assunto sério. Mas está rindo do que escreveram do outro lado. É muito estranho. Reconheço: o WhatsApp tem vantagem. Tenho uns dez grupos familiares e de amigos. Estamos sempre atualizados sobre nossas vidas. Sem dúvida a internet une as pessoas. Mas também separa. Porque há quem não consiga parar de teclar. Conheço umas duas pessoas que teclam até durante as refeições. É só uma demonstração de como o WhatsApp pode prejudicar a vida de alguém. Em reportagens, e também em conversas com um fisioterapeuta, soube que as pessoas estão tendo problemas no pescoço, de tanto ficar com a cabeça curvada no celular. Pode ser uma festa, a pessoa consegue se isolar. Às vezes, enquanto espero alguém, converso pelo WhatsApp. Quando a pessoa chega, explico que preciso parar. É como se estivesse expulsando alguém da minha casa. Vem uma rea­ção ofendida. Quem está no WhatsApp comigo acha que tem prioridade. E também quem faz ligações. Vejo cada vez mais gente que não consegue parar de falar no WhatsApp, e nele resolve toda a vida amorosa, pessoal e, creio, até financeira. Há relações íntimas entre gente que nunca se viu. O comportamento do usuário de WhatsApp é idêntico ao de um viciado: verifica se há mensagens a cada instante, responde, volta a falar, verifica de novo, responde, verifica. Em vez de um vício químico, surgiu o eletrônico. Óbvio. Palpável. Mas do qual as pessoas não têm consciência e perdem até o contato direto, visual, com quem está em frente a elas.

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