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Câmara Itabuna

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26 de junho de 2016

ITABUNA SEM SÃO JOÃO É SEM GRAÇA

Não há festa mais agradável e empolgante que o São João
Sempre gostei dos festejos juninos e há uns quinze a vinte anos, Itabuna tinha em alguns dos seus bairros, ruas que se enfeitavam e festejavam o São João, numa agradável disputa para conquista da posição de maior referência de forró na cidade. Não havia concurso e nem prêmios para esta conquista, mas todos se empenhavam na busca do melhor resultado e para tanto os moradores das ruas se envolviam. Até crianças e idosos. Nem quem não processava a crença católica, ou simpatizava-se com festas juninas, ficava de fora deste esforço comunitário. Tudo era festa e não se resumia aos dias de São João. Os preparativos eram feitos com antecedência. As tarefas baseavam-se em cortar os plásticos, para a confecção das coloridas bandeirolas, que eram coladas nos barbantes e depois esticá-las entre as moradias. Colocava-se em toda extensão da rua, balões, palhas, bambus e outros adereços fixados nas fachadas das casas. Alguns moradores confeccionavam licores, canjicas, quentões e cozinhavam milhos e amendoins. Era a típica festa junina. Depois veio o espetáculo com grandes bandas nacionais e cantores, que nem sempre cantavam e tocavam forró. Até samba e rock ousavam inserir em muito mais da metade dos repertórios. E o São João perdeu a graça em Itabuna. E depois Itabuna perdeu o São João. Estes fatos entristeceram a cidade e condicionaram sua população ao recluso por falta de festa e vulnerabilidade à violência de ruas desertas. Aqueles que puderam, pegaram o caminho da roça, da praia e das cidades, que ainda se esforçam para manter viva e quente a fogueira e a forrozada, que são tradicionais e patrimônio do povo nordestino.

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