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21 de agosto de 2016

O POVO DO BRASIL MERECE UMA MEDALHA

Sejamos merecedores de medalhas de ouro em nossas decisões
Terminam hoje, domingo os 31º Jogos Olímpicos da era moderna, que tiveram a cidade do Rio de Janeiro como sede. Foram 17 dias de encher os olhos de brasileiros e estrangeiros, tanto os que vieram ao País acompanhar as competições quanto aqueles que assistiram pelo TV. O sucesso do evento mexeu com orgulho nacional e mais uma vez a realidade se sobrepôs ao nosso famigerado complexo de vira-latas, expressão criada pelo dramaturgo Nelson Rodrigues para se referir ao sentimento de inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo. Os meses que antecederam o evento foram marcados por notícias de obras atrasadas, problemas de mobilidade, violência urbana, poluição, epidemia de zika vírus e ameaça terrorista. Previa-se, inclusive, uma festa de abertura chinfrim. Mas desde a festa no Maracanã, todos esses temores foram se dissipando. Não se trata, contudo, de cair num discurso desconectado da realidade. A beleza e o sucesso dos jogos não podem nem devem ser usados para escamotear os problemas urbanos, a deficiência dos serviços públicos, a politicagem, a burocracia excessiva, a corrupção e outras mazelas brasileiras. O que se deve é ter uma visão equilibrada, sem paixões políticas e, sobretudo, buscar tirar lições de todos esses fatos. Parece não haver dúvidas de que o País tem sim condições de organizar grandes eventos, mas precisa rever certos procedimentos, trabalhar com planos mais factíveis e adotar um planejamento eficiente. Na Copa do Mundo, por exemplo, não havia necessidade alguma de construir 12 arenas, muitas delas em estados que não possuem grandes equipes de futebol. Alguns desses estádios se transformaram em elefantes brancos. Falou mais alto o interesse político e de quadrilhas de bandidos do colarinho branco. É preciso romper com esse pensamento extremado – às vezes de um pessimismo injustificado. Ao mesmo tempo em que precisamos denunciar nossas mazelas, não há nada de mais em exaltar nossas qualidades e nossa capacidade de vencer as adversidades. Não há por que não se orgulhar de tudo que o País viveu nos últimos 17 dias. 

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