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Câmara Itabuna

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29 de outubro de 2016

SE AS PESSOAS QUE FALAM MAL DE MIM SOUBESSEM O QUE ACHO DELAS, FALARIAM MAIS AINDA

Se fofoca fosse profissão, não existiria desemprego em Itabuna
Mussolini, no auge do fascismo, ensinava que uma mentira mil vezes repetida adquire feições de veracidade, e pode induzir a erro uma nação inteira, tal como fez Hitler com a Alemanha. Temos visto isso com muita frequência no Brasil, e especialmente em nossa sofrida Bahia, num crescendo deveras preocupante. De repente, um ensandecido qualquer se põe a lançar toda sorte de acusações contra o indivíduo e uma vida construída ao longo de anos de dedicação e de trabalho corre o risco de ruir como um castelo de areia, arrastando consigo famílias inteiras. Acusa-se pelo mórbido prazer de fazer o mal, pela intenção mesquinha de perseguir, de prejudicar, de destruir. Diz-se o que bem quer, por mais absurdo que seja, no mais das vezes sem prova alguma, ou se lança mão de sofismas e de falsas premissas para chegar às conclusões mais estapafúrdias. E o pior é que esses arautos da infâmia ainda conseguem encontrar quem lhes dê ouvidos, ainda arranjam espaço para propagar as suas inverdades com um tom professoral e dissimulado, como se estivessem a proclamar dogmas de fé. Arrotam arrogância e autossuficiência e não olham para a própria cauda que, mal escondida, lhes denuncia o ultraje e a infamia. Vivemos uma onda absurda de denuncismo, em todas as esferas da sociedade. Qualquer mequetrefe pode proferir contra qualquer pessoa o pior dos impropérios, acusá-la da prática dos mais horrendos crimes, muitas vezes sob o amparo das redes sociais, que são território de ninguém, e logo se instala perante a opinião pública um tribunal de exceção que julga, condena e aplica a pena sem dar chance alguma de defesa a quem está sendo acusado. Vai-se logo pela primeira versão, qual se fosse um oráculo dos deuses, e parece que o senso crítico e a prudência de quem ouve cai por terra inapelavelmente. Pouco importa que o acusador não tenha condições morais de criticar quem quer que seja, de nada vale que a sua trajetória não seja nenhum exemplo de pureza imaculada: se é para falar mal de alguém, que se divulguem as acusações do denunciante, que se dê a maior publicidade possível aos seus devaneios. Quando a verdade finalmente vem à tona – e nem sempre ela consegue vir – o mal já foi causado, no mais das vezes de forma irreversível. Mas ninguém parece se importar com isso, o que é ruim, muito ruim para todos nós.

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