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24 de março de 2017

A VIDA ENTRE SOFRER E MORRER

Eutanásia, um ato de amor, coragem ou covardia?
Tenho me interessado ultimamente em conhecer o debate acerca da eutanásia e do suicídio assistido, que acontece em alguns países europeus. Há diversos países que estão estudando como legalizar essas práticas e os motivos são diversos. Falam de morte digna, pacífica, com o objetivo de acabar com o sofrimento da pessoa. Contudo, quais os critérios utilizados? Realmente, têm funcionado ou já aconteceram casos de extrapolarem e aplicarem o “direito” em situações não “permitidas”? Tenho constatado o quanto a visão geral é de uma cultura de morte. Confesso que me entristeço quando o homem desacredita na vida afirmando que tirá-la é a via mais plausível. A pauta da questão tenta se justificar em relação ao sofrimento. Inúmeras são as tentativas de enquadrar a permissão: caso o paciente esteja sofrendo de uma dor considerada insuportável, caso não tenha perspectivas de melhoras, caso a doença seja realmente incurável, caso esteja estágio terminal, e a lista aumenta e tende a crescer mais... O leitor mais ávido já percebeu minha posição. São vários os motivos. Eu já conheci pessoas que estavam com doenças consideradas incuráveis e que foram curadas. Estão aí para contar a história! Qual médico pode realmente determinar um tempo de “sobrevida”? São inúmeros os que viveram por anos sem expectativa científica nenhuma a seu favor. Tenho o direito de tirar a minha vida ou de outro em nome de um “sofrimento insuportável”? Aí realmente vê-se a imaturidade da sociedade. Quantos já pensaram em morrer diante de uma situação grave da vida. Mas ao passar do tempo, viram que haviam outras soluções e o descobrir isto deu-lhes um novo olhar sobre si e o que os rodeiam. A questão é o fato de que as pessoas não estão preparadas para sofrer. Não sabem lidar com isso! Como gostaria de apresentar-lhes um Deus que passou pelo sofrimento, o aceitou e o redimensionou. Um escândalo que há dois mil anos persiste em “chocar” as diferentes civilizações e as mais diversas sociedades! O que mais desestrutura as pessoas não é o sofrimento, mas a falta de sentido em relação a ele. E descobri este significado é um caminho passível de ser feito. Uns tem medo da morte. Outros a desejam por que são cheios de temor com sua própria vida. Eu só tenho um receio: de fazer morrer a vida mais sublime que me espera.

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